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Por que nos desviamos tanto?

O maior problema da humanidade é o pecado. Tudo o que acontece de ruim ao mundo é conseqüência dele. Violência, famílias destruídas, miséria, fome, guerras. No fundo de cada um desses problemas está o pecado. E  por que seu alcance é tão vasto e sua presença é tão destruidora? Por um motivo simples: o pecado mantém Deus à distância ( Isaías 59:2 e Jeremias 5:25 ). E aí tudo começa a dar errado. A grande pergunta é: se a humanidade (ou grande parte dela) sabe que o pecado é destrutivo e que suas conseqüências podem ser trágicas, por que permanece nele? A questão aqui não são os tropeços que, eventualmente ocorrem no caminho, mas a prática constante, a convivência com o pecado. Inicialmente devemos entender o que vem a ser o ato de pecar. Duas palavras estão na origem do termo: HATTA’T , que pode ser encontrado em  Êxodo 32:31 . Assim como na primeira citação ( Gênesis 4:7 ). AVON , em  Êxodo 20:5 . Esses termos foram traduzidos para o grego  HAMARTIA ,...

Religiosos? Sim, por que não?

Há um jogo de palavras muito sutil e perigoso no meio cristão, especialmente o evangélico. Este jogo é baseado em conceitos vagos e abstratos, interpretados de acordo com a visão pessoal de cada um, e que, curiosamente convergem para o mesmo lugar comum. Se isso acontece por acaso ou não, é outra história. Termos como "religioso" e "religião" tornaram-se quase malditos nos dias atuais, sendo que, muitas vezes, por trás das visões que os combatem não encontramos exatamente o que deveríamos encontrar: vidas religiosas do ponto de vista bíblico.  Afirmações vazias como "Sou cristão, mas não sou religioso" afinal querem dizer o quê?  Na maioria dos casos, quem defende esse tipo de posicionamento, tem forte influência relativista, ou seja, vive um evangelho "próprio", com suas próprias regras, fazendo aquilo que entende ser o certo, desenvolvendo uma espécie de auto-suficiência espiritual, e, por não se submeter a situações fartamente conte...

O Chaveiro da Discórdia

Uma das afirmações que mais tenho ouvido nesses últimos anos, especialmente em igrejas “avivadas”, é que Jesus Cristo, após sua morte na cruz, desceu ao inferno e tomou umas chaves que satanás teria nas mãos. Alguns pregadores afirmam com toda certeza que se tratavam das chaves da vida e da morte. Outros, que seriam as chaves da morte e do inferno. E assim segue, dependendo da fertilidade mental de cada um. Nesse prisma, é importante que se observem algumas questões, que devem ser consideradas e pesadas à luz do que realmente interessa ao servo de Deus: as Sagradas Escrituras. Afinal, que chaves são essas? E por que supostamente estariam nas mãos do diabo? Jesus fala nas chaves do reino dos céus (Mateus 16:19). Certamente essas não estariam nas mãos do diabo. Mas em Apocalipse 1:18 ele diz: “Eu sou o que vivo; fui morto, mas estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do inferno.” Se as chaves das quais esses pregadores falam forem essas, a primeira pergunta ...

Uma breve reflexão sobre os nefilins

Uma das questões mais controversas do Antigo Testamento diz respeito à passagem que antecede o dilúvio, a qual faz referências aos que seriam “Os filhos de Deus” e “As filhas dos homens”. E introduz na Escritura o termo que incita um questionamento ainda maior: Os Nefilins. Essas duas situações, hora analisadas em conjunto, ora separadas, constituem um quebra-cabeças teológico considerável, que suscita debates desde então.   Tudo começa em Gênesis 1:2. “Vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que, entre todas, mais lhe agradaram”. (ARA, os textos ARC e AEC são similares). A questão parte do termo “filhos de Deus”. Na maioria dos casos, os teólogos aceitam a tese de que estes eram a geração de Sem. Em contraponto, as ‘filhas dos homens’, eram parte da geração amaldiçoada de Cão. É uma resposta que agradaria gregos e troianos se eles já existissem naquela época. Entretanto, sem que ponto algum seja defendido, um ol...

O mundo e a cruz de Cristo.

Símbolos fazem parte de praticamente toda forma de conhecimento. Até as ciências exatas têm os seus. Eles servem - entre outras coisas - para ilustrar um pensamento. Não é muito diferente em questões de fé. Os muçulmanos têm uma lua crescente ao lado de uma estrela como seu símbolo, e elas - lua e estrela - estão lá, obviamente por um motivo, uma significação. Boa parte do judaísmo adotou o hexagrama formado por dois triângulos equiláteros entrelaçados, conhecido como "estrela de Davi" ou "Selo de Salomão". O que ele representa é cercado de profundidade espiritual e mistérios.  Os cristãos têm a cruz. Católicos a aceitam ainda com a imagem do Cristo junto dela, e mais outros símbolos, como o anel do pescador, que todo Papa usa, em referência a Pedro, de quem eles entendem ser sucessores diretos. Os protestantes, que normalmente não se apegam a símbolos visíveis, ainda usam em muitas denominações tradicionais e neopentecostais, a cruz vazia, em seus altares, ou...

Satanás, o prudente (E seu plano de corrupção da Igreja)

“Sede, portanto, prudentes como as serpentes…” “Os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz” Quem já observou uma serpente se preparando para dar o bote em uma presa sabe do que Jesus estava falando. Ela fica horas imóvel. Se confunde com a vegetação. E quando se move, o faz de uma forma tão sutil que quase não pode ser percebida. Ela quase não emite som. Pode se deslocar nas mais variadas condições de terreno. Lama, água, deserto. E com ela gosta de um deserto… Depois de milênios observando o comportamento do gênero humano, satanás se especializou. Pode ser considerado o maior psicólogo debaixo do céu. Veja como é interessante. Basta assistir aqueles programas de variedades. De vez enquando eles mostram especialistas em comportamento humano. Pessoas que dedicaram uma vida aprendendo a reconhecer os sinais emitidos pelo corpo quando ele está em ação. Investigando pequenos detalhes eles chegam a impressionantes conclusões, que assustam at...

A ausência do mestre: a última etapa do discipulado.

O aprendizado dos discípulos durou aproximadamente três anos. Obviamente que não há como comparar seu treinamento com nenhum outro, visto que conviveram diariamente, intensamente, pessoalmente, com o próprio Deus durante todo esse tempo. Ao final desse período, eles ainda não estavam prontos. Surpreso? Parece contraditório afirmar que Jesus Cristo voltou ao céu e deixou seus apóstolos para continuarem sua obra sem ter finalizado seu treinamento? Não, não há nenhuma contradição nisso. Não dissemos que ele não havia concluído o treinamento, dissemos que eles ainda não estavam prontos. E não é a mesma coisa? Claro que não. O Messias concluiu sua etapa. Finalizou seu trabalho com perfeição. Mas há um nível em todo discipulado que devemos atingir por nós mesmos. Depende de como vamos colocar em prática aquilo que aprendemos de nossos mentores, e Jesus sabia disso. Você pode ensinar um homem a usar tintas, misturar as cores para conseguir o tom adequado, manejar um pincel, e orienta-lo na ...